As conclusões da primeira reunião do Conselho de Cidades da Be.Neutral atestam o elevado compromisso das cidades envolvidas na Agenda Be.Neutral e o foco na implementação de soluções de mobilidade urbana neutras em carbono.
Foi no primeiro Conselho de Cidades da Agenda Be.Neutral, uma das Agendas Mobilizadoras Verdes no âmbito das Agendas de Inovação Empresarial do PRR, que os municípios de Guimarães, Viana do Castelo, Oliveira de Azeméis, Matosinhos, Braga e Vila Nova de Famalicão reforçaram a sua vontade em implementar políticas, instrumentos e ações nas suas cidades que permitam acelerar a transição da região norte do país para a neutralidade carbónica.
O Conselho das Cidades, presidido pelo Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, I.P. (CCDR-N), António Cunha, teve como ponto alto a satisfação demostrada por todos em relação ao projeto Be.Neutral e às vantagens do mesmo. Os representantes das cidades assumiram, assim, o compromisso de manter a estreita colaboração com o consórcio, tornando-se pioneiras no teste e na adoção dos novos produtos de mobilidade neutra em carbono – como carros, autocarros e bicicletas – e de serviços, nomeadamente, a plataforma SaaS (Sustainability as a Service), que permite quantificar e valorizar as emissões de carbono evitadas com o uso destes novos modos de mobilidade, gerando ativos ambientais transacionáveis.
O Presidente da CCDR-N, António Cunha, salientou a importância da implementação da BE.Neutral na Região Norte, apelando aos esforços de todos os presentes para participarem ativamente nos trabalhos da Agenda, sugerindo não só a implementação dos produtos e serviços na realidade de cada município, mas também na interação entre os municípios presentes com o objetivo de criar a primeira região neutra em carbono da Europa.
Este encontro ficou, assim, marcado pelo assinalar do compromisso dos presidentes das Câmaras de Guimarães, Viana do Castelo e Oliveira de Azeméis e dos representantes de Matosinhos, Braga e Vila Nova de Famalicão em participarem nos projetos-piloto da Be.Neutral e da vontade de envolverem cada vez mais as comunidades neste processo, em particular, as escolas. Algo que já está a acontecer, tal como partilha Catarina Selada, do CEiiA:
“Estamos muito satisfeitos por o trabalho ativo e de proximidade entre a Be.Neutral e os municípios já ter sido iniciado com as comunidades, nomeadamente com as escolas, com várias ações que pretendem potenciar a introdução de novos comportamentos e a utilização dos produtos e serviços desenvolvidos, para que possam ter, de facto, um papel transformacional nas cidades”.
Uma visão que também foi reforçada por Marco Granja, em representação da NOS – líder do consórcio Be.Neutral – que apelou à “participação ativa dos municípios, não só na implementação dos diferentes projetos-piloto, como na apresentação de propostas de interligação entre si”.
Além destas seis cidades presentes no primeiro Conselho das Cidades, fazem ainda parte da Rede Be.Neutral o Porto e Vila Nova de Gaia, que completam a lista de locais que ambicionam tornar-se neutros em carbono, a partir da implementação de novos produtos e serviços de mobilidade sustentável criados em Portugal.
Os objetivos do Be.Neutral
A procura por um futuro de zero emissões de carbono serviu de inspiração para a criação da Be.Neutral, uma Agenda Mobilizadora Verde no âmbito das Agendas de Inovação Empresarial do PRR, que tem o desígnio de acelerar a redução das emissões de carbono nas cidades, através do desenvolvimento de novos produtos e serviços de mobilidade sustentável, criados a partir de Portugal, para o mundo.
As estimativas deste projeto apontam para uma redução de 600 mil toneladas nas emissões de CO2, até 2030, o que representa uma poupança de 60 milhões de euros.
Para concretizar estes números, as cidades são parceiros essenciais que, tal como ficou demonstrado no passado dia 25, estão motivadas em passar à ação no que respeita à transição energética.
O Be.Neutral é liderado pela NOS Comunicações, num consórcio que envolve as oito cidades do Norte e cerca de 40 empresas e entidades do Sistema Científico e Tecnológico, entre as quais a Salvador Caetano, a Simoldes, a TMG, a EDP, a Siemens e os CTT.